sexta-feira, 30 de março de 2007

Seria este o meu futuro?

Ano de 2067.

Tenho 78 anos e meu nome é Hugo. Acabo de comemorar meu aniversário e sinto orgulho em dizer que sou a pessoa mais velha de minha família. Tarefa árdua, mas que consegui cumprir. É claro que não me resta muito tempo.

A água fez acontecer guerras e destruiu toda a minha família. Parte dela foi morta em um assalto por água. Outra parte abandonou a miséria do Brasil para viver num lugar menos disputado pelo mundo. Sim, o brasileiro enfrentou conflitos inimagináveis em função da demanda de água que possuía.

Tenho dois filhos. Um deles chora agora. Sede. Corta-me o coração não poder fazer nada. O governo nos cobra taxas imensas pelo uso de água. Não tenho dinheiro e trabalhar por recursos hídricos (sim, hoje as pessoas são assalariadas por água) é algo impossível para mim. Estou desnutrido e sem forças. Cedo o pouco que tenho para minha filha mais nova, Ana.

Esta sempre me pergunta como eram os velhos tempos. E sempre me olha com certa desconfiança quando falo das grandes florestas e lagos que já vi.

- Pai, eu não consigo entender o porquê ninguém fez nada, mesmo sabendo de tudo o que aconteceria.

Vergonha. Minha filha de trinta e sete anos parece ter sessenta agora. Os rostos de hoje não são mais como os de antigamente. Ressecados pelos raios ultravioletas, as faces das mulheres já não resguardam tanta beleza.

Chagas pelo corpo são tão comuns como eram as tatuagens na minha época de adolescência. Corpos são desfalecidos. Banho de chuva? Não, obrigado! Não se brinca com ácido.

Não tenho mais vontade de viver e choro de desespero algumas noites por não saber o futuro das pessoas que passaram por minha vida. O que ocorreu com meus amigos de faculdade? E as pessoas com quem trabalhei? Como os poucos familiares que me restaram estariam lidando com a escassez da água no exterior?

Saudades do tempo em que todos eram felizes.



[desabafo fictício de um ser humano no ano de 2067]

quarta-feira, 28 de março de 2007

Arnaldo Antunes - Água
Da nuvem até o chão
Do chão até o bueiro
Do bueiro até o cano
Do cano até o rio
Do rio até a cachoeira
Da cachoeira até a represa
Da represa até a caixa d´água
Da caixa d´água até a torneira
Da torneira até o filtro
Do filtro até o copo
Do copo até a boca
Da boca até a bexiga
Da bexiga até a privada
Da privada até o cano
Do cano até o rio
Do rio até outro rio
Do outro rio até o mar
Do mar até outra nuvem

terça-feira, 27 de março de 2007

Água Nosso Bem Maior Precisa De Ajuda!

Precisamos exigir das prefeituras a limpeza dos rios e proteção das nascentes!

Exigir dos governos maior fiscalização nos petroleiros, contra o derramamento de óleo!

Tenho comigo que um dos motivos da falta de chuva é a dificuldade que a natureza está encontrando na evaporação. Se reduzir a quantidade de chuvas mais ainda, em curto prazo teremos o caos, e mesmo assim a maioria das pessoas não vão entender o que está acontecendo.

Todos dizem que isso é uma besteira, que não devemos nos estressar, que é irreversível. Se por algum acaso você tentar culpar o progresso pelo efeito climático, as pessoas te “odiarão”, é assim que funciona. É isso que as pessoas dizem. Vamos deixar isso mesmo acontecer? Onde há civilização no planeta, os rios servem de esgoto. No Brasil apenas 10% do esgoto produzido é tratado.

Água, o bem maior do nosso planeta é tratada aqui como lixo. Daí perguntamos: - Porque toda beleza é castigada? A água, é cobiçada e destruída pela ignorância humana. A beleza nunca conhece a verdadeira felicidade porque haverá sempre “um” alguém querendo destruí-la.

A situação é ainda pior no estado de São Paulo, pois concentra 20% da população total do Brasil, além de grande número de indústrias, e apenas 1,6% da água superficial para abastecimento.

Um planeta sem água não tem vida, então porque jogam todo o esgoto do mundo dentro dela? Quando é que alguém de força maior vai apertar a sirene para o alarme climático?

Os motivos de falta ou excesso de chuva hoje, não são os mesmos de 30 anos atrás. A natureza está reagindo de forma confusa por não encontrar energias nos rios e na mata pelo simples motivo de estarem sendo assassinadas.

segunda-feira, 26 de março de 2007

Agora podemos plantar...pela internet!

Que cada vez mais os avanços tecnológicos impressionam a gente, já sabemos. Mas agora a nova moda é plantar árvores virtualmente!
Levando em consideração uma das medidas para diminuir os efeitos do aquecimento global o site Click Árvore, em parceria com a Fundação Mata Atlântica, o Instituto Ambiental Vidágua e o Grupo Abril, produziu uma maneira de você ordenar que os patrocinadores plantem mudas, e ainda comprar plantas pela internet.
É muito fácil utilizar o site, a cada clique dado pelo mouse é uma nova árvores que deverá ser plantada para ajudar no reflorestamento de espécies nativas na Mata Atlântica.

domingo, 25 de março de 2007

Por que "vida ao verde"?

Se olhássemos hoje nosso planeta da Lua, veríamos uma imensidão azul. Além disso, observaríamos os continentes e algumas áreas brancas, as quais determinaríamos como sendo as nuvens que os cobrem. Mas, mesmo sem muita sorte com relação à nebulosidade, aparecer-nos-ia a cor ainda predominante nos continentes: o verde.

Este breve olhar acomodaria duas perguntas em nossas mentes:

O que é esse verde? E se esse verde é importante para o planeta?

A primeira questão é fácil, diria quase qualquer ser humano. Os tons verdes significam os diversos tipos de plantas, que, juntas, dão a impressão de áreas uniformes, quando vistas de cima e de longe.

Já a segunda poderia gerar dúvidas. E a resposta seria: as áreas verdes são indispensáveis por inúmeros motivos.

As plantas liberam o oxigênio que permite a respiração dos seres vivos. Desta forma, ajudam a diminuir a poluição das grandes cidades, pois absorvem o dióxido de carbono, e aumentam a umidade relativa do ar, reduzindo as doenças respiratórias. Há também com elas a amenização da temperatura ambiente.

No meio rural, as plantas favorecem a infiltração das águas fluviais, evitando enchentes e proporcionando a recarga do lençol freático. As áreas verdes também contêm as erosões e desertificação, e dão suporte à fauna. Além disso, mantêm o solo firme, beneficiando as encostas, margens de rios e mananciais, e filtram a poeira e fuligem.

Segundo a OMS, – Organização Mundial da Saúde – estima-se que 80% da população mundial continua a depender de plantas medicinais para os cuidados primários da saúde. Esta organização também explica que a arborização traz um efeito positivo no comportamento humano, diminuindo até os índices de violência e problemas psicológicos.

As plantas, assim como nós, nascem, crescem, se reproduzem e morrem, ou seja, vivem. E nós necessitamos dessa vida verde, pois é ela que comanda os diversos ciclos do planeta, que comanda toda a existência terrestre. Os herbívoros não sobreviveriam sem as plantas e, assim, os carnívoros, que se alimentam deles, também morreriam.

Mesmo sabendo de todos esses benefícios da natureza, o fato é que, diariamente, florestas são devastadas e asfaltos são colocados sobre a terra pelo homem. Assim, se esse ritmo acelerado de destruição continuar, o que observaremos não serão mais áreas verdes, e sim tons marrons, ou melhor, se tudo continuar assim, nós nem teremos tempo para observarmos. Por isso, usamos a expressão vida longa ao verde. Vida longa à vida.

sábado, 24 de março de 2007

Pai, por que só passa isso na TV?

O ano de 2007 veio com a programação jornalística focada em um tema (aquecimento global) cuja importância é elevada ao extremo. As previsões ameaçadoras para o futuro parece estarem chegando, pelo menos é o que as pesquisas feitas com grande freqüência mostram para a população. As emissoras televisivas salientam o assunto quase todos os dias. “Em grande parte do globo terrestre , hoje está mais quente em comparação com a temperatura de 25 anos atrás.”

O derretimento das geleiras e das plataformas de gelo é a prova viva do aquecimento global. Em 20 anos, o Ártico perdeu uma área superior ao estado do Pará em plataformas de gelo. Em 2002, uma plataforma inteira, chamada Larsen B na Antártica se desintegrou. E por aí vai, reportagens, artigos, entrevistas, todas com a finalidade de informar o quão séria é a situação.

Uma vez no Carrefour, vendo aquelas enormes televisões (de plasma), estava vendo uma reportagem sobre espécies de animais e plantas que estão desaparecendo ou mudando, antes que o previsto, devido ao aquecimento global. Então um garotinho pergunta ao seu pai. "Por que só passa isso na TV?" O pai não sabe como explicar, mas diz que o futuro da população está ameaçado, por decorrência do aquecimento Global. O Garoto silencia.

Papel da Mídia

A revista Época (16/10/06), por exemplo, escreveu uma matéria sobre brasileiros que fazem sua parte acerca da preservação do meio ambiente, isto é, denunciam atos contra a natureza ou participando de ONGs que protegem o meio ambiente.

Se a mídia instruísse cada pessoa a se esforçar para controlar os níveis do aquecimento global, poderia haver mudanças, pois a mídia, ao invés de só alarmar, pode dar uma orientação mais ampla e enfatizar o que deve ser feito e na tentativa de demonstrar na população uma conscientização sobre responsabilidade, alguns veículos propõem maneiras de se evitar a poluição e amenizar os efeitos destrutivos da população em relação a natureza.

sexta-feira, 23 de março de 2007

A moda é neutralizar

O meio de transporte que você utiliza todos os dias. O ar-condicionado do seu trabalho. Uma indústria em produção. Acredite se quiser, mas até o seu nascimento emitiu o gás CO2 na atmosfera terrestre.

O fato é que, atualmente, diversas personalidades públicas estão neutralizando suas ações que liberam o tal gás. Como? Plantando árvores. Funciona como uma compensação por uma agressão feita ao meio ambiente. Para compensar a emissão de gás de uma geladeira velha, por exemplo, ligada durante quinze anos, teriam de ser plantadas 51 árvores (a quantidade de árvores é calculada de acordo com a atividade que faz liberar o CO2).

Os ambientalistas dizem que a neutralização não resolve o problema do efeito estufa, mas é parte da solução. Portanto, mãos à obra: plante uma árvore para compensar as suas ações.


Bons Moços

A neutralização foi criada pela empresa inglesa Future Forest, em 1997. Desde então, grandes personalidades e empresas andam compensando a liberação do gás CO2. Veja quem entrou na moda da neutralização.

- Al Gore: o ex-vice-presidente dos Estados Unidos compensou sua viagem ao Brasil plantando 53 árvores no interior de São Paulo.

- Carnaval de São Paulo 2007: toda a folia gerou um custo de 1200 árvores.

- Playcenter: o parque de diversões plantará 10.904 árvores por ano para compensar a emissão de CO2.

- Sandy e Junior: a dupla de cantores neutralizará todos os setenta shows deste ano e a gravação do seu novo CD.

- Papa Bento XVI: a missa que será celebrada em maio em São Paulo será neutralizada pela prefeitura paulistana.

O meio ambiente agradece.

quinta-feira, 22 de março de 2007

Dia Mundial da Água

Depois do aquecimento global, do efeito estufa, do acelerado derretimento das calotas polares, de todas essas desgraças que temos que enfrentar, conseqüências dos próprios atos de nossa raça humana chegou a hora de abordarmos mais um tema preocupante que pode afetar nosso futuro bem próximo: Até quando haverá água, no planeta água?

Hoje, no dia mundial da água, é o dia de relembrarmos que 1,1 bilhão de pessoas não possuem acesso à água potável e cerca de 2,4 bilhões de pessoas convivem com estruturas de saneamento básico inadequadas. Por conseqüência dessa precariedade nas condições de saneamento e de acesso à água de qualidade, cerca de 3,8 milhões de crianças morrem a cada ano com doenças transmitidas pela água. Essas estatíscas são assustadoras, mediante ao fato de que mais da metade dos rios do mundo inteiro estão totalmente poluídos, gerando a diminuição do seu volume e secas alarmantes. Esses dados estão crescendo a cada ano, e o mais assustador é que este quadro está presente hoje, quando ainda existe água potável para ser distribuída, mas alguém sabe o que será de nós daqui a 25 anos?

A população mundial atinge cerca de 6 bilhões de habitantes, se mantido os atuais padrões de crescimento populacional à previsão de que a população global alcance 8 bilhões de habitantes em 2025, aumentando aceleradamente o consumo de água e gerando sua escassez crônica. Hoje, 54% da água potável do planeta é utilizada, e a previsão é de que em 25 anos a humanidade absorverá 90% da água doce, sobrando apenas 10% para as outras espécies.
O que mais é preciso para conscientizar a humanidade? É necessário abrir mão de lucros financeiros para ganharmos lucros ambientais.

Enquanto o mundo fazia guerra para conquistar territórios e destruir etnias, a natureza preparava um contra-ataque maior ainda que põe em risco toda a espécie humana. Se durante todos esses anos o mundo nunca teve coragem de se unir para viver em paz, agora a guerra da natureza está obrigando-o a se unir, mas para continuar a viver.

quarta-feira, 21 de março de 2007

O que será das próximas gerações?

Tempestades, secas, inundações, tornados e furações. Pessoas perdendo suas plantações, seus tetos, suas esperanças. Já podemos sentir na pele os efeitos das mudanças climáticas. Porém, isso não é o suficiente para tirar da cabeça das pessoas que aquecimento global não é coisa de cinema e que isso infelizmente tornou-se realidade.
A principal conseqüência está diretamente ligada aos atos humanos. A constante emissão de gases, provocadas pela queima de combustíveis, como CO2 e metano, contribuem para a retenção de calor na Terra. Qualquer ato humano se não for bem pensado pode prejudicar não só o meio ambiente como a própria existência dos homens. E assim temos a resposta alarmante através de impactos da natureza: o planeta está mais quente e as geleiras estão derretendo! É natural vermos o desequilibro do clima, em um mesmo mês temos dias muito quentes e também muito frios, na mesma região.E quanto tempo mais vamos precisar pra terminar de destruir o que é nosso?

terça-feira, 20 de março de 2007

Progresso Sinônimo de Destruição?

Estamos no final do verão brasileiro e a cena se repete dia-a-dia, céu azul, azul desbotado. O pôr-do-sol imita o mesmo que ocorre nos desertos da África, vermelho fogo, avisando de que a chuva não virá.

As indústrias, os governos, estão fazendo um serviço de porco no planeta (com todo respeito ao animal). Desmatam e poluem para enriquecer e não investem nada no meio ambiente porque não da dinheiro.

A indústria consome 37% da energia mundial e emite 50% do dióxido de carbono, 90% dos óxidos de enxofre e todos os produtos químicos que atualmente ameaçam a destruição da camada de ozônio, além de produzir anualmente 2.100 milhões de toneladas de resíduos sólidos e 338 milhões de toneladas de matéria residual perigosa.

Temos tudo aqui na Terra, a imbecilidade humana é tanta que, por mais que se tem, fica ainda desejando o que não se tem, mesmo que essa coisa não sirva para nada. Pior, não são inteligente o suficiente para cuidar do próprio planeta.

Eu, você fazemos a nossa parte. As indústrias não fazem a parte delas, os governos não fazem a parte deles, e é na mão deles que está o maior estrago. O dinheiro está comprando a vida do planeta, esse dinheiro que não vai conseguir salvar quem está sentado em cima dele.

segunda-feira, 19 de março de 2007

É hora de recuperar o tempo perdido

imagemFevereiro foi difícil. Não tinha nenhuma mídia que não falasse sobre o tema em pauta: o aquecimento global.
Dizem que as atitudes dos seres humanos serão importantes nos próximos 15 anos, para que a triste estimativa de 100 anos de vida para o planeta azul seja ignorada. No entanto, quando colocado em proporção, especialistas levam em conta a emissão de gases na atmosfera, desde
1750 (Início da Revolução Industrial). Quinze anos será mesmo o necessário para amenizar duzentos e cinqüenta sete anos de descaso?
E então em março veio a bomba: as geleiras polares estariam derretendo numa velocidade perigosa(O que se esperava que ocorresse daqui a dez anos, segundo estudos, se antecipou). Ártico e Antártica - as duas regiões polares do planeta, consideradas os “refrigeradores do clima mundial”, já que qualquer aceleração no derretimento de suas calotas de gelos pode intensificar o processo de aquecimento global e causar um grande impacto nas mudanças climáticas que amedrontam a humanidade.
Os gases lançados na atmosfera por automóveis, fábricas e gás metano da queima de aterros sanitários, além dos gases da atividade dos vulcões, causam nos lugares onde é verão o efeito estufa, enquanto nos lugares onde é inverno, uma impressão de era glacial. Portanto o que é chamado de aquecimento global por enquanto trata-se de um semi-aquecimento, já que em um hemisfério é muito quente, e em outro é muito frio.
A emissão destes gases alcançou seu ápice: é a maior dos últimos 650 mil anos!
E todas estas notícias vindas de uma vez, abalaram a estrutura da população, e era chegada a hora de tomar alguma atitude. Foi então que lançaram um relatório por autoria do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), que dizia que já é possível vivermos em residências que consumam 50% menos energia do que é consumido normalmente, e carros mais modernos que usam de biocombustíveis em vez de combustíveis fósseis. No relatório não traz apenas soluções para diminuir a emissão de gases, mas também a sugestão do plantio de árvores.
Todavia, cientistas jogaram um balde de água fria na suposta brilhante idéia lançada pelo relatório: todas estas modificações residenciais e nos meios de transportes custariam muito dinheiro, e quanto a plantar árvores, seria necessário que a cada cinco anos o mundo plantasse uma Amazônia para neutralizar a quantidade de gás que existe na atmosfera.
E então surgiu um geofísico, Klaus Lackner, trazendo a chamada idéia “Árvores- Artificiais”- uma espécie de grande catalisador que absorveria uma parte dos gases causadores do aquecimento global. Mas, novamente, surgiram discussões contra, já que era um projeto muito “audacioso para a economia mundial”.

Enquanto isso, no chão...


Sem idéias muito ambiciosas, de grandes portes ou muito caras. A provável solução do problema seria que as grandes potências cobrissem seu papel no Tratado de Kioto ( Financiamento de “créditos de carbono” de países ricos, para países pobres). Aumentar o reflorestamento, conter a produção industrial desenfreada, dar preferência a produtos que informam em seus rótulos a presença de substâncias inofensivos a camada de ozônio. Enfim, soluções existem...mas parece que serão sempre consideradas audaciosas, para remediar duzentos e cinqüenta e sete anos de descaso.

terça-feira, 13 de março de 2007

Biodiversidade

Nas últimas décadas, a ação humana nos ecossistemas naturais tem vindo afetar cada vez mais espécies de fauna e flora do Planeta. Se a taxa de extinção de mamíferos e aves era historicamente de uma espécie perdida por cada 500 a 1000 anos, as profundas intervenções das diferentes atividades antrópicas têm acelerado esse ritmo.

A principal causa para a extinção de espécies são as profundas alterações, ou mesmo a destruição, dos habitats. Sobretudo a destruição das florestas é um dos fatores mais importantes, tendo uma recente pesquisa determinado que isso estava a afetar gravemente 83% dos mamíferos e 85% das aves consideradas em vias de extinção. A degradação da qualidade das águas também tem sido determinante para colocar em perigo muitas espécies de peixes, cerca de 20% das espécies estão em risco.

Outros fatores têm contribuído também para vulnerabilidade dos animais e plantas de todo o Mundo, o avanço dos desertos, a poluição das águas, solo e atmosfera.

O consumo de animais e plantas também tem levado ao declíneo de algumas espécies. Por exemplo, nas últimas três décadas, o consumo de produtos florestais, como o papel, triplicou. Outro fator de pressão, sobretudo para as espécies já raras, é o tráfico ilegal, estima-se que o comércio mundial de espécies selvagens, grande parte das quais são raras, representa, por ano, cerca de 6000 milhões de Euros.

Apesar do declíneo da biodiversidade, os Governos mundiais têm vindo a aumentar os regimes de proteção, a superfície total mundial de áreas protegidas cresceu de 2,78 milhões de quilômetros quadrados para 12,18 milhões.

Na floresta amazônica, que já teve 4 milhões de quilômetros quadrados só resta 87% da área original, sendo que 377 mil quilômetros quadrados foram destruídos nos últimos 20 anos.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Quem pagará pelo caos climático?

Que as calotas polares estão derretendo, todos sabem. Também não é novidade que o clima mundial está cada vez mais quente. Secas, extinção de espécies e inundações. Esses são apenas alguns dos problemas que surgirão em vista do aquecimento global.

Mas quem sofrerá com isso? A resposta é óbvia: todos. Mas sempre têm aqueles que sofrem mais e que não dispõem de recursos para se reerguerem frente a situação.

O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês), divulgado há poucos dias em Bruxelas, mostrou que os países pobres têm muito mais a perder que os países ricos. Enquanto a América do Norte, o Japão, a Europa e a Austrália têm infra-estrutura e recursos para mitigar os efeitos do clima, África e Ásia entrarão numa crise ainda maior.

A África tem sem dúvida, a região mais afetada pelo capitalismo global. Além da fome e da Aids africanas, há uma série de conflitos territoriais. A situação do meio ambiente vem piorar a miséria e deixar a água mais escassa.

Já a Ásia terá ameaçados de desaparecer, . Isso porque o derretimento das geleiras do Himalaia está fazendo com que o nível do mar sobe a cada dia.

Este relatório fala muito pouco da América Latina, mas o que se sabe é que esta porção do mundo sofrerá também. Doenças como a malária, cólera e dengue voltarão a aparecer em função da falta de saneamento básico. A favelização será uma prática mais comum do que se imagina, se levarmos em consideração os deslocamentos populacionais de pessoas que vivem no próximo ao litoral brasileiro.

Os países China, Índia, Indonésia e África do Sul, países ditos "em crescimento", já iniciam suas estratégias de prevenção ambiental. A Europa e os Estados Unidos, lentamente, parecem ter dado a devida atenção ao problema também.

É preciso correr contra as formas de produção capitalistas. Sim, porque se não alterarmos isso, iremos todos para o “beleléu”, ricos e pobres. Adianta culpar o capitalismo? Adianta falar e não fazer? Adianta informação sem prática?

Nada melhor que a união mundial para sanar um problema comum a todos os seres vivos existentes.

terça-feira, 6 de março de 2007

Costa Portuguesa Corre Perigo!

O litoral português está a desaparecer a um ritmo impressionante. A costa nacional sofre de sérios problemas provocados pela erosão e subida do nível das águas do mar, que são conseqüências do aquecimento global. Algumas precisões alertam que nas próximas décadas a subida do nível do mar vai chegar a 1,40 metros. De norte a sul do país, há fenômenos de erosão que são a causa do desaparecimento de dunas, e a diminuição de praias que têm posto em perigo várias habitações.No Algarve há várias zonas em risco como Vale do Lobo, Ria Formosa e a Ilha de Faro. Nestes locais o excesso de construção e ação do homem agrava ainda mais o problema.
A porcentagem de área de costa em risco atinge já os 67%.O que nos leva a concluir que se não mudarmos os nossos hábitos e não alterarmos o futuro a costa de Portugal vai desaparecer e consequentemente nossas praias também!