segunda-feira, 19 de março de 2007

É hora de recuperar o tempo perdido

imagemFevereiro foi difícil. Não tinha nenhuma mídia que não falasse sobre o tema em pauta: o aquecimento global.
Dizem que as atitudes dos seres humanos serão importantes nos próximos 15 anos, para que a triste estimativa de 100 anos de vida para o planeta azul seja ignorada. No entanto, quando colocado em proporção, especialistas levam em conta a emissão de gases na atmosfera, desde
1750 (Início da Revolução Industrial). Quinze anos será mesmo o necessário para amenizar duzentos e cinqüenta sete anos de descaso?
E então em março veio a bomba: as geleiras polares estariam derretendo numa velocidade perigosa(O que se esperava que ocorresse daqui a dez anos, segundo estudos, se antecipou). Ártico e Antártica - as duas regiões polares do planeta, consideradas os “refrigeradores do clima mundial”, já que qualquer aceleração no derretimento de suas calotas de gelos pode intensificar o processo de aquecimento global e causar um grande impacto nas mudanças climáticas que amedrontam a humanidade.
Os gases lançados na atmosfera por automóveis, fábricas e gás metano da queima de aterros sanitários, além dos gases da atividade dos vulcões, causam nos lugares onde é verão o efeito estufa, enquanto nos lugares onde é inverno, uma impressão de era glacial. Portanto o que é chamado de aquecimento global por enquanto trata-se de um semi-aquecimento, já que em um hemisfério é muito quente, e em outro é muito frio.
A emissão destes gases alcançou seu ápice: é a maior dos últimos 650 mil anos!
E todas estas notícias vindas de uma vez, abalaram a estrutura da população, e era chegada a hora de tomar alguma atitude. Foi então que lançaram um relatório por autoria do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), que dizia que já é possível vivermos em residências que consumam 50% menos energia do que é consumido normalmente, e carros mais modernos que usam de biocombustíveis em vez de combustíveis fósseis. No relatório não traz apenas soluções para diminuir a emissão de gases, mas também a sugestão do plantio de árvores.
Todavia, cientistas jogaram um balde de água fria na suposta brilhante idéia lançada pelo relatório: todas estas modificações residenciais e nos meios de transportes custariam muito dinheiro, e quanto a plantar árvores, seria necessário que a cada cinco anos o mundo plantasse uma Amazônia para neutralizar a quantidade de gás que existe na atmosfera.
E então surgiu um geofísico, Klaus Lackner, trazendo a chamada idéia “Árvores- Artificiais”- uma espécie de grande catalisador que absorveria uma parte dos gases causadores do aquecimento global. Mas, novamente, surgiram discussões contra, já que era um projeto muito “audacioso para a economia mundial”.

Enquanto isso, no chão...


Sem idéias muito ambiciosas, de grandes portes ou muito caras. A provável solução do problema seria que as grandes potências cobrissem seu papel no Tratado de Kioto ( Financiamento de “créditos de carbono” de países ricos, para países pobres). Aumentar o reflorestamento, conter a produção industrial desenfreada, dar preferência a produtos que informam em seus rótulos a presença de substâncias inofensivos a camada de ozônio. Enfim, soluções existem...mas parece que serão sempre consideradas audaciosas, para remediar duzentos e cinqüenta e sete anos de descaso.

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